quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PROJETO VALORES HUMANOS

Os “ensinamentos” de O Pequeno Príncipe



“(…) Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso.” – Antoine de Saint-Exupéry

” O pequeno príncipe tinha, sobre as coisas sérias, ideias muito diferentes do que pensavam as pessoas grandes”
Quem são os adultos? Quem são as crianças?

O primeiro desenho do nosso piloto de aviões foi uma jiboia fechada: uma jiboia engolindo um elefante. 



Ele mostrava aos adultos, mas ninguém o compreendia. Diziam que o desenho se parecia com um ‘chapéu’. Tentou exemplificar desenhando jiboias abertas, mas não obteve sucesso! 



Os adultos não compreendiam as crianças, pois estavam muito ocupados com outros assuntos.

Já adulto, o piloto procurava conhecer pessoas inteligentes, que compreendessem o desenho da jiboia. No entanto, os homens estavam mais interessados em conversar sobre gravatas, golfe, política… Isso os deixava encantados!



Tudo muda quando ele conhece o pequeno príncipe em pleno deserto do Saara. Seu avião dera uma pane e ele precisou parar para fazer alguns consertos. Um tanto assustado, por ver um menino vestido feito príncipe em pleno deserto, não soube o que pensar. O garoto lhe pedia que desenhasse um carneiro. O piloto desenhou o que sabia desenhar: uma jiboia fechada. Para a sua surpresa o menino reconheceu o desenho, mas o recusou; ele precisava de um carneiro.

Assim, nasceu a amizade entre o aviador e o pequeno príncipe. Aos poucos, o piloto de aviões conhecia o seu grande amigo por meio das histórias fragmentadas que o principezinho lhe contava.

A imagem

Acreditava o piloto que seu amigo era do asteroide B 612. Certa vez, um cientista havia descoberto este pequeno asteroide, mas, infelizmente, as pessoas não lhe deram crédito naquele momento, por causa das roupas que usava.

A Responsabilidade

O pequeno príncipe tinha tarefas a cumprir em seu planeta: remexer os vulcões e ter muita atenção com os baobás. É preciso cuidar do local onde se mora.

” – É uma questão de disciplina (…)”

O Amor, a Vaidade e a Ilusão

Certo dia, nasceu uma flor no planeta do pequeno príncipe. Era um rosa. E o principezinho logo tratou de cuidá-la; era tão linda!

“O pequeno príncipe percebeu logo que a flor não era modesta. Mas ela era tão envolvente!”

“Assim, ela logo começou a atormentá-lo com sua doentia vaidade.”

” – À noite me colocarás sob uma redoma de vidro. Faz muito frio no teu planeta (…)”

“Então ela forçou a tosse para causar-lhe remorsos.”

O principezinho começou a duvidar de sua flor. Ficou entristecido, embora fosse sincero o seu sentimento. Teve grande vontade de partir. Preparou tudo. Conheceria outros planetas.

Na despedida, a flor disse que o amava e dispensou a redoma e os outros cuidados.

“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.”

Disse-lhe adeus, mas não chorou. Ela era muito orgulhosa!


Mais tarde, enquanto visitava outros  planetas, o príncipe pensou: “(…) Deveria tê-la julgado por seus atos, não pelas palavras. (…) Mas eu era jovem demais para saber amá-la”

Um geógrafo, que morava num dos planetas visitados pelo pequeno príncipe, explicou-lhe o significado da palavra “efêmera”. Ele então entendeu que sua flor era efêmera, que estava ameaçada de desaparecer, e que a tinha deixado sozinha. Sentiu remorso.

Na Terra, encontrou um jardim cheio de rosas e sentiu-se triste por ter sido enganado por sua rosa. Ela havia lhe dito que ela era única no mundo… Mas existiam tantas! O pequeno príncipe pensou como a sua flor ficaria envergonhada ao ver todas aquelas outras rosas. Ela era como as outras!

Uma amiga raposa, a qual o príncipezinho cativara (criara laços), explicou-lhe que os laços criados é que tornavam os seres únicos.

“Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…”

A raposa ainda disse: ” só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.” E também: ” Tu te tornás eternamente responsável por aquilo que cativas.”


O pequeno príncipe pensou em sua rosa.

Os homens não se lembravam mais de criar laços…

As pessoas

Assim que partiu de seu planeta, o pequeno príncipe conheceu pessoas diferentes e as achou bem estranhas. O último planeta a ser visitado foi a Terra, onde fez a amizade com o piloto de aviões, quem contou-nos a história do pequeno príncipe.

O primeiro planeta a ser visitado foi o de um rei. Este rei não tinha súditos. Pensava apenas em dar ordens e ordens. Não queria ser contestado. Ele era o rei de tudo e reinava sobre o tudo, que, na verdade, era apenas o nada. Tentou persuadir o pequeno príncipe para que este ficasse em seu planeta. Ele precisava dar ordens á alguém…

“Se Vossa Majestade deseja ser prontamente obedecido, poderá dar-me uma ordem razoável. Podera ordenar-me, por exemplo, que partisse em menos de um minuto. Parece-me que as condições são favoráveis…”

Como o rei nada disse, o príncipe partiu.



O próximo planeta foi o de um vaidoso, que também estava sozinho como o rei.

” – Ah! Ah! Um admirador vem visitar-me” – exclamou à distância o vaidoso, mal avistara o principezinho”

“(…) Os vaidosos só ouvem elogios.”

O príncipe questionou para que servia ser admirado, mas o que dizia o vaidoso é que dava-lhe prazer ser admirado pelos outros. 

E o pequeno príncipe partiu daquele planeta e chegou a um outro, onde só existia um bêbado, que bebia para esquecer que tinha vergonha de beber!





O pequeno príncipe cada vez mais achava as pessoas estranhas… bem estranhas.

O quarto planeta a ser visitado foi de um empresário muito ocupado a contar e recontar estrelas. Dizia-se possuidor  de estrelas. Isto lhe deixava rico. Ele anotava em seus papéis e os guardava no banco. Ele tivera a brilhante ideia de ser possuidor de estrelas. Essa ideia não era brlhante para o pequeno príncipe. Em seu planeta, o principezinho tinha os 3 vulcões (2 ativos e 1 extinto) e sua rosa, e ele era útil aos vulcões e à rosa. Mas o empresário não era útil às estrelas…

Depois, visitou um planeta muito pequeno. Era o do acendedor. Ele acendia e apagava lampiões, dia e noite. Ele não tinha tempo nem para descansar, pois apagava e acendia, acendia e apagava. Como os dias estavam mais rápidos e o regulamento sob o qual vivia não havia mudado, ele tinha sempre de se apressar! O acendedor não enxergava outras possibilidades, algumas mudanças:

” – Não  há solução – disse o acendedor (…)”


O penúltimo planeta onde esteve o pequeno príncipe foi o de um velho que só escrevia livros. Era um geógrafo, um estudioso.

” – Que é um geógrafo? – perguntou o principezinho.”

 ” – É um especialista que sabe onde se encontram os mares, os rios, as cidades, as montanhas, os desertos.”

O pequeno príncipe perguntou ao geógrafo se havia oceanos, rios, cidades e desertos naquele planeta. Mas o geógrafo não sabia. Ele se baseava nas informações de exploradores, de outras pessoas.

“(…) O geógrafo é muito importante para ficar passeando. Nunca abandona a sua escrivaninha (…)”

O velho estudioso o aconselhou a visitar o planeta Terra. E foi ao planeta Terra o principezinho.

“Elas [as pessoas grandes] julgam ocupar muito espaço. Imaginam ser tão importantes quanto os baobás (…) Elas adoram os números (…)”


Na Terra, o principezinho conheceu a serpente, a raposa, o piloto, as flores e soube um pouco mais sobre os homens. Ele os achava confusos. Conheceu alguns homens que, estando dentro de um trem, não sabiam para onde iriam, nunca estavam contentes onde estavam e não sabiam o que procuravam.

Conheceu também um vendedor de pílulas que saciavam a sede. O vendedor garantia que ganhava-se tempo tomando pílulas em vez de água.

” – É uma grande economia de tempo (…)”

A Morte

” – Tu compreendes. É muito longe. Eu não posso carregar este corpo. É muito pesado (…)”

” – Mas será como uma velha concha abandonada. Não tem nada de triste numa velha concha…”

E o pequeno príncipe foi ao encontro da serpente. Depois, tombou de levinho na areia. No dia seguinte, seu corpo não estava lá. Afinal, ele não era tão pesado assim…
 











 



Por: Sinara Praciano 
(A.I. matutino)

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